A mobilidade elétrica no Brasil está em plena expansão, com investimentos significativos previstos para 2025. Em 2024, o país registrou o emplacamento de 177.358 veículos eletrificados leves, representando um aumento de 89% em relação aos 93.927 registrados em 2023. A Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) projeta um crescimento mínimo de 40% nas vendas de eletrificados para 2025, acompanhado de investimentos estimados em R$ 6 bilhões.
Fatores impulsionadores:
• Produção nacional: A fabricação local de veículos elétricos e híbridos ganhou destaque com a entrada de empresas como BYD e GWM, contribuindo para a redução de custos e aumento da competitividade no mercado interno.
• Infraestrutura de recarga: O Brasil alcançou 12 mil pontos de recarga pública em 2024. Para 2025, prevê-se a instalação de mais 2.500 estações de recarga rápida (DC), além do fortalecimento de soluções de recarga residencial e em condomínios.
• Adesão corporativa: Grandes empresas estão eletrificando suas frotas, buscando redução de custos operacionais e menores emissões de carbono.
• Incentivos locais: Embora limitados, incentivos como isenções fiscais e menores custos por quilômetro rodado têm atraído consumidores, fortalecendo o mercado de veículos elétricos.
Investimentos previstos:
Em 2024, o setor recebeu mais de R$ 5 bilhões em investimentos voltados à expansão da infraestrutura de recarga e ao desenvolvimento tecnológico. Para 2025, estima-se um aumento de 20% nesses aportes, com foco na fabricação local de estações de recarga, visando reduzir a dependência de importações e gerar empregos qualificados. Além disso, haverá investimentos no desenvolvimento de carregadores ultrarrápidos, integração com energia solar e uso de inteligência artificial para otimizar a experiência do usuário.
Esses investimentos reforçam a transição para uma economia mais limpa e eficiente, alinhando o Brasil às metas globais de descarbonização.
Desafios a serem enfrentados:
Apesar do crescimento acelerado, a mobilidade elétrica no Brasil ainda enfrenta desafios, como a necessidade de um marco regulatório nacional com diretrizes claras e metas de longo prazo. Além disso, é importante harmonizar os incentivos fiscais entre as esferas estadual e federal para evitar barreiras regionais que possam dificultar o avanço do setor.
Com a superação desses desafios e a continuidade dos investimentos, o Brasil tem o potencial de se consolidar como um dos mercados emergentes mais promissores no segmento de mobilidade elétrica, contribuindo para um futuro mais sustentável.