Contradições na Regulamentação
O Brasil, com mais de 90% de sua energia elétrica proveniente de fontes limpas, sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025. No entanto, o país incluiu carros elétricos no Imposto Seletivo, taxando-os como nocivos ao meio ambiente. Esse imposto, destinado a desestimular produtos prejudiciais, também afeta cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas, mas surpreendentemente exclui caminhões a diesel.
Impacto do Imposto Seletivo
O principal argumento para taxar carros elétricos é o descarte das baterias. No entanto, essa visão ignora os avanços em reciclagem e recuperação de baterias, como demonstrado pela empresa brasileira Energy Source, capaz de reciclar 100% das baterias de veículos elétricos. Essa medida pode atrasar a adoção de tecnologias limpas no Brasil, prejudicando a competitividade do país.
Consequências para a Indústria
A inclusão dos carros elétricos no Imposto Seletivo pode levar a uma redução nas exportações de veículos, já que outros mercados estão adotando rapidamente tecnologias eletrificadas. A Anfavea e a ABVE criticam essa medida, destacando que ela pode aumentar os preços dos veículos novos, reduzir as vendas e gerar desemprego. Eles argumentam que todos os veículos devem ser excluídos do imposto para não comprometer o futuro da produção nacional.
Perspectivas Futuras
Com a COP30 se aproximando, o Brasil enfrenta um paradoxo: liderar discussões globais sobre sustentabilidade enquanto implementa políticas que desincentivam a adoção de carros elétricos. Revisar essas políticas será crucial para alinhar a prática nacional com os objetivos de sustentabilidade globais e promover um futuro mais limpo e eficiente.